domingo, 24 de janeiro de 2010

Quem é este que dá carro aos ricos e faz escárnio aos necessitados?


Danilo Fernandes


Outro dia eu estava parado em um sinal de transito na saída da linha amarela. Olhei para os lados e contei cinco destes adesivos de propaganda de autoria da fina flor destes “apóstolos” da chamada teologia da prosperidade. Antes que eu pudesse refletir a respeito, sinto um cutucar em meu braço, apenas um prenuncio do desconforto que se seguiria aos comentários de um amigo não cristão:

- Acha pouco? Eu vejo esta gente mentirosa desfilando santidade e desapego e só “tomando posse aqui” “prosperando com Cristo ali”; fazendo campanha para comprar carro para depois ficar desfilando pela cidade com adesivo dizendo que foi Jesus Quem deu. Visualiza: Sinal fechado, avenida movimentada. Pedintes e meninos miseráveis presentes. Fome. O que este adesivo diz a respeito do seu Deus a estes miseráveis precisando tão desesperadamente de ajuda? - Eis aqui um “deus” que dá automóveis aos ricos e se cala para nossa miséria. - Gente hipócrita que não pode aplicar na bolsa, mas investe na fogueira santa de Israel!

Claro, Conhecemos as respostas. Esta é a luta. Mas, sinceramente, está feia a coisa! Que desserviço faz ao Reino esta gente!

- Aloôô!? Jesus não padeceu na cruz para que todos tenham a sua BMW!

Que tipo de mensagem é esta que esta gente prega? E quem os segue: - Tolos ou ignorantes? Convertidos ou “impactados”? Quem vai ao açougue se pretende comprar roupas? Pode alguém buscar qualquer coisa mundana e encontrar a Deus? O dinheiro, tanto mais? Enganem-se aqui e ali, mas certas coisas são tão claras. Ditas pelo próprio Senhor Jesus! Por que esta gente decide basear seu ministério numa filosofia que torna ainda mais difícil as pessoas receberem a Salvação? E isto tudo dentro da própria igreja de Jesus! Estes pregadores ajudam o seu rebanho a se libertar de sua escravidão às coisas do mundo para buscar a Deus, ou ao contrário, o que fazem é lhes ferrar ainda mais os grilhões na carne? O que esta gente está fazendo, criando uma geração para testemunhar contra o caráter Santo de Deus?

Não tenho nada contra o dinheiro, mas a maioria serve ao dinheiro, mais inteligente é ter o dinheiro a seu serviço!

Custa muito ensinar que o nosso Senhor é sim, um Deus de providência. Um Deus de Amor que conhece e aprecia todos os desejos; medos; necessidades; e sonhos de Seus filhos? Mas e o Reino? Custa apresentar a verdade? Custa conclamar o seguir a Jesus, sem agregar junto uma listinha? A campanha infame? Tenham temor! Parem de vender terreno na lua dizendo que a imobiliária é de Jesus! Até onde eu sei o último corretor de imóveis licenciado por Deus no planeta foi Moises! Ainda assim, levou 40 anos para entregar o terreno! E moradia no Céu, só Jesus! Grátis! Sola Fide!

Aos que procuram em necessidade, melhor dizer: - Esqueçam a sua lista de Papai Noel em casa. Noel só sabe das suas renas, mas Jesus te conhece! Ele não precisa de listas! Jesus sabe de cada uma das suas necessidades! Não se preocupe com estas coisas. Nem com o que se perde, e nem com o que se ganha. Ocupe-se, somente. Ocupe-se de buscar o Pai. Faça isto em verdade total. A lista de Jesus é muito melhor, e não tem fim as Suas bênçãos e as Suas misericórdias!

Fonte;www.genizahvirtual.com

sábado, 23 de janeiro de 2010

Pastores que oprimem
Adriano era um profissional com futuro promissor. Advogado formado pela prestigiada Universidade de São Paulo, a USP, ele ainda ocupava a função de obreiro na igreja que frequentava. Aspirava ao pastorado – o que, conforme a própria Bíblia, é uma excelente opção para o crente. Fiel ao seu líder espiritual, Adriano costumava seguir seus conselhos e determinações à risca, entendendo que desta forma estava agradando a Deus. Chegou a fazer um voto público de lealdade ao dirigente. “Ele fazia uma espécie de mantra em torno do versículo que diz que quem honra o profeta recebe galardão de profeta”, lembra. Gradativamente, o jovem obreiro passou a negligenciar suas responsabilidades fora da igreja, como o trabalho e o cuidado com a família, tudo em prol daquele seu voto. Submetia-se a condições duras, enquanto o pastor não se furtava a luxos como mesas fartas e carros importados. A mulher e os dois filhos de Adriano acabaram abandonando-o, não suportando o controle exercido pelo pastor sobre sua vida. Frustrado, o advogado fraquejou na fé, envolveu-se com outras mulheres e acabou engravidando uma delas.
A vida do rapaz virou do avesso. Hoje, Adriano aguarda o nascimento do bebê inesperado e preocupa-se com o baixo orçamento e a impossibilidade de rever constantemente os filhos, que vivem com sua ex-mulher. “É uma loucura o dano que meus filhos sofreram por causa disso tudo. Não há indenização que pague o que esse pastor causou em minha vida”, desabafa. Este e outros relatos, verídicos apesar da omissão dos nomes verdadeiros, constam do livro Feridos em nome de Deus (Mundo Cristão), da jornalista evangélica Marília Camargo César. A partir do depoimento de gente que se considera vítima de líderes religiosos autoritários, a autora realiza um estudo sério sobre essa realidade, analisando as diferentes situações envolvidas no círculo de abuso com sensibilidade e propriedade. A obra descreve as diferentes formas que o abuso religioso pode assumir – pastores que dominam suas ovelhas sob o ponto de vista emocional, financeiro e psicológico, quase sempre com consequências ruins. “O líder impõe sua visão de mundo sobre a ovelha, e esta a aceita como uma ordem divina que precisa ser obedecida, sob pena de punição”, diz Marília (ver quadro).
“O abuso espiritual poderia ser definido como o encontro entre uma pessoa fraca e uma forte, em que a segunda usa o nome de Deus para influenciar a outra e levá-la a tomar decisões que acabam por diminuí-la física, material ou emocionalmente”, define Marília. O problema acontece mais comumente em igrejas pentecostais, onde geralmente o líder tem maior autonomia e pode apelar para elementos empíricos, como supostas profecias ou revelações para legitimar seu domínio sobre a vida dos fiéis. Estabelece-se então uma relação que vai muito além do saudável discipulado bíblico e pode envolver áreas pessoais da vida do crente. “A obediência ao líder não pode ser cega. Todo ensino deve ser confrontado com as verdades bíblicas, para evitar desvios de rota”, adverte o pastor Paulo Romeiro, autor dos livros Supercrentes e Decepcionados com a graça, lançados pela mesma editora, em que aborda, entre outros assuntos, a questão do controle exagerado do rebanho pelos pastores. Para o estudioso, no entanto, um erro não pode justificar outro: “A Epístola aos Hebreus que ordena explicitamente: ‘Obedeçam aos seus líderes e submetam-se à autoridade deles. Eles cuidam de vocês como quem deve prestar contas. Obedeçam-lhes, para que o trabalho deles seja uma alegria e não um peso, pois isso não seria proveitoso para vocês’”, recita.
“Porta-voz divino” – Quando o círculo do abuso religioso é analisado mais de perto, nota-se que ambas as partes, abusado e abusador, sofrem no processo. A base dessa semelhança está no fato de que, em um dado momento, as duas pontas perderam o controle, sua identidade e a própria dignidade. “Quem exagera no autoritarismo também foi ou está sendo vítima de abuso”, aponta o pastor batista Ed René Kivitz. Ele explica que a figura de um pastor único não tem respaldo do Novo Testamento. “A única vez em que a palavra ‘pastor’ é usada no singular é para se referir a Jesus. Em todas as demais, é usada no plural, para indicar um grupo de anciãos, ou presbíteros, que zela pelo bem-estar de toda a comunidade.” Nesse caso, a autoridade fica dividida entre um colegiado, o que dificulta a possibilidade de haver exageros no controle da obra de Deus e força os líderes a prestarem contas uns aos outros.
Fato é que muito sofrimento poderia ser evitado nas igrejas se os fiéis estivessem mais preparados para reconhecer os abusadores ou o ambiente propício para formá-los. O pastor Ricardo Gondim, dirigente da Igreja Betesda em São Paulo, realizou um estudo expondo algumas características comuns aos pastores abusadores. Entre estas, encontra-se a postura incontestável do líder, o qual passa a ter a palavra final para todas as questões, tornando-se dono da verdade, uma espécie de “porta-voz divino”. “O medo na relação entre o fiel e seu pastor pode ser um sinal de problemas, pois essa relação deve ser permeada de amizade sincera, doação, afeto e solidariedade”, comenta Gondim.
Autoritarismo, manipulação e desrespeito
Autora do livro Feridos em nome de Deus, a jornalista Marília Camargo César falou sobre as dimensões que o abuso espiritual pode ter na vida de fiéis submetidos a lideranças eclesiásticas autoritárias. “Mas é possível identificar o problema e lidar com suas consequências”, diz, nesta entrevista a CRISTIANISMO HOJE:
CRISTIANISMO HOJE – A senhora diz que a motivação para escrever o livro foi um caso de abuso espiritual que presenciou. Fale sobre essa experiência.
MARÍLIA CAMARGO CÉSAR – Não fui, particularmente, machucada por pastores, porque não andava rotineiramente muito próxima deles, embora convivêssemos bem. Mas testemunhei, na vida de amigos próximos, o estrago que o convívio com nossas antigas lideranças produziu. Muitas histórias de abuso começaram a aparecer depois que um dos pastores de nossa antiga comunidade afastou-se por motivo de saúde. Pessoas que caminhavam bem perto daquele líder começaram a contar histórias tenebrosas de abuso de poder, manipulação psicológica e tirania explícita. As vítimas de abuso eram pessoas adultas e com uma boa formação socioeconômica, por isso eu não conseguia entender como haviam se deixado manipular daquele jeito, só tendo coragem de denunciar o que havia depois que ele se afastou.
Qual foi o caso mais grave de abuso que a senhora conheceu enquanto escrevia o livro?
Foi o caso de uma jovem que sofria de uma doença degenerativa rara – miastenia gravis – e que foi simplesmente massacrada por sua congregação porque não alcançou plenamente a cura. Além desse problema, ela foi levada a crer, pelo pastor, que deveria orar e investir num relacionamento afetivo com um rapaz da igreja, situação que acabou lhe causando enorme constrangimento quando ele apareceu na igreja com uma nova namorada. De certa forma, foi bom para ela, porque o embaraço serviu-lhe para mostrar o nível de adoecimento daquela comunidade, o nível de fundamentalismo que praticavam, e isso acabou por abrir os seus olhos. Ela saiu da igreja e, até onde eu sei, não fez parte de nenhuma outra congregação desde então.
Em sua opinião, quais são os principais tipos de abuso espiritual e suas características?
O livro fala de abuso de poder, de abuso financeiro, mas mostra as nuances do abuso que julgo mais sutil e difícil de identificar, mas bastante devastador da mesma forma, que é o abuso de ordem psicológica ou emocional. O líder impõe sua visão de mundo sobre a ovelha, e esta a aceita como uma ordem divina que precisa ser obedecida, sob pena de punição. O pastor diz, por exemplo, que o discípulo deve casar-se com determinada pessoa, porque teve uma “visão” de que esta era a vontade de Deus para a sua vida. Não importa que não haja, a princípio, nada em comum que possa unir aquele casal. E o fiel obedece. O pastor fala para uma mulher que apanha sistematicamente de seu marido que ela deve fidelidade a ele, porque isso é bíblico. Ou então fala para uma pessoa com uma doença grave que ela ainda não foi curada porque está fraquejando na fé. Todos esses são exemplos reais de pessoas que só se recuperaram emocionalmente após muitas horas de psicoterapia. E, claro, após deixarem essas igrejas.
E por que as pessoas deixam a situação chegar a tal ponto?
Depois de escrever o livro, compreendi que, quando acreditamos estar sofrendo alguma coisa por amor a Deus, aguentamos as piores humilhações. Aquelas pessoas acreditavam, sinceramente, que estavam sendo disciplinados por profetas do Senhor para o seu próprio bem e crescimento espiritual, quando na verdade estavam sendo é espezinhados emocionalmente.
Como os abusos podem ser evitados?
Maturidade espiritual não é alguma coisa trivial, que se alcance da noite para o dia. É preciso uma longa caminhada, tolerância e paciência; o fiel precisa estar bem acompanhado – e aí se incluem lideranças maduras, com uma boa formação, saudáveis física, psicológica e teologicamente, que possam ensinar um cristianismo autêntico, vivo e não-fundamentalista. É preciso também cercar-se de amigos verdadeiros, que nos apoiem e não fiquem nos julgando quando falamos aquilo que estamos sentindo, por mais horrível que isso possa ser.

Fonte: Cristianismo Hoje
Antes de começar...


Não coloquei os "fatos" em ordem, porque o caos é o sobrenome do mundinho gospel.


Não coloquei uma escala de valor porque tudo aí é ruim.


Não coloquei tudo que aconteceu em 2009 porque a criatividade duvidosa do absurdário gospel não cansa de me surpreender.


Tá no sentido inverso: de Dezembro em diante (Abril, início do Genizah), porque é na estrada das inversões que a igreja da atualidade costuma andar...




Vamos aos "fatos":



A oraçãozinha pilantra dos "irmãos metralhas" de Brasília
O trízimo: inversão Valdemiro Santiaguiana para promover a multiplicação do bolso apostólico
A marcha pra Gizus no "Dia dos mortos": engraçado que ninguém interpretou a data como "profética", por que?
A unção dos 900: Ceroullas e seus numerozinhos mágicos
Infeliciano e a matemática doentia dos 7
O casal apostólico mais "enquadrado" do momento
A unção do machado: sexta-feira 13 e o judeu(?) da "ciência"Malacheia e seus ataques neuróticos aos blogueiros subversivos~
A IURD e o lubrificante KY: detonando o Exu do sexo chato
Bíblia em 50 segundos: mas já tem gente querendo diminuir o tempo...
Infeliciano candidato a deputado pelo partido PCG (Partido do Congresso dos Gideões)
Pastores gays se casando no Rio de Janeiro: é a espiritualidade afrescalhada
Luteranos suécos ordenam bispa sapatão: "paraíba masculina..."
Créu no altar: por favor, não tente rimar a "palavra" créu
Escola do sobrenatural e o diploma de reteté: recebaaaaaaaaaaa!!!!!!
Pastor Sonic: el libertador!!!
As loucuras do Rodovalho: o bispo com nome de rodoviária, mas que gosta mesmo é de avião!
Macumba gospel em Jerusalém: esqueceram a pergunta: "Por que buscais entre os mortos aquele que vive?" (Lc. 24. 5)
Infeliciano virou judeu: falta pouco para ele se declarar Messias!
Pastor pilão: rodou tanto que perdeu a direção
Pastor dando na cara da "pomba gira: é a espiritualidade Bruce Lee
A teologia do "ou dá, ou desce": Pedir Mai$cedo está fazendo e$cola
Mercadinho gospel e os produtos licenciados: vai um Gizus aí? Tá em promoção...
Pastor Ryu de Street Fighter: aquele game da espiritualidade poderosa
Vale tudo (a luta mesmo) dentro dos templos: sangue, suor, pancada e... adoração?
Expo Mamón: entre shofar e candelabros, venderam até a alma
Pastor xarope e a metralhadora nas crianças: é o reteté mirim
Pastor boliviano sequestrando avião motivado por um coquetel de numerologia infeliciana e cerulliana
Paipóstolo Terra Nova(?) recebe recados de Satanás antes de pregar: entendi as mensagens...
O olhar arretado de Ezequiel Pires: enxerga dinheiro até em pensamento
Baladas gospel: de funk a reteté; de Ryu à Cachorra gospel, o que importa é sacudir
Avivamento extravagante: curam até doenças que você ainda não tem!
A pastora patricinha e o deus mauricinho: quem suporta?
Pornô gospel: uma espécie de evangelização(?) sacana
A unção do bucho doido: também, com esse tipo de "alimento" que as igrejas andam servindo...


Essas são algumas das "coisas" que aconteceram no absurdário gospel nacional nesse ano "profético"
Estilos de Sermão... O seu está aqui?

Nessa minha recente caminhada cristã, tenho observado os diferentes tipos de sermão que “batem cartão” em nossos púlpitos. É claro que, dada a criatividade dos pregadores, o assunto é vasto. Na presente postagem relaciono apenas dez dos estilos de pregação que podem ser observados em nosso meio:

Sermão “carapuça”: é aquele pregado quando o preletor tem uma diferença mal-resolvida com um dos presentes e, embora o templo esteja cheio, com centenas de pessoas ávidas por ouvir a exposição da Palavra, o sermão inteiro é utilizado para mandar recado àquele único desafeto.

Sermão “E daí?”: pregação em que são utilizadas técnicas de retórica, hermenêutica e homilética, com o pregador demonstrando todo o seu conhecimento histórico e teológico, porém sem contextualização, sem uma possibilidade de aplicação pessoal daquelas informações. Dessa maneira, as palavras passam por sobre a cabeça da audiência que, com aquela cara de interrogação, parece querer perguntar: “E daí? O que é que eu tenho a ver com isso?”

Sermão “espada”: “esse é o tipo de discurso cortante, penetrante, profundo”, pensarão alguns. Antes fosse. Como é então? Comprido e chato.

Sermão antropocêntrico: o homem e seus “sonhos” são o assunto central. Vontade de Deus? Que nada! “Não desista dos seus sonhos”! Vida eterna? Esqueça! “Receba a bênção agooooooora!”. Exposição permeada por frases para “elevar a moral” da audiência, do tipo “você nasceu para vencer”, “há poder em suas palavras”, “a vitória é sua”, e por aí vai. Ok, sabemos que o cristão é mais que vencedor, que somos bem-aventurados, etc., etc., etc. O problema é que, nesse tipo de sermão Jesus raramente aparece. A ênfase recai no homem, como se de nós mesmos pudéssemos algo (1). Moral da história: igrejas abarrotadas de pessoas apegadas a um materialismo exacerbado, espiritualmente fraca e suscetível a quaisquer ventos de doutrina.

Sermão cristocêntrico: temos um exemplo básico em Atos 2.22-36. Começa com “Jesus Nazareno”, é recheado de citações ao Mestre, e termina com “Deus o fez Senhor e Cristo”. Ou seja, Jesus é o cerne. Ainda se ouve, mas esse tipo de sermão anda em falta...

Sermão “suco de quermesse”: profundo como uma bacia d’água. Substancioso como um envelope de “tang” diluído em uma piscina olímpica.

Sermão “bala perdida”: palavras disparadas aleatoriamente, sem conexão alguma com o texto base, e entrecortado por “Glória a Deus” e “Aleluia”, utilizados para preencher os vácuos. “Se acertar em alguém, amém”, pensa o pregador.

Sermão “feira-livre”: nesse, o preletor se mostra azedo como um limão e ao mesmo tempo amargo como um jiló. Inicia pendurando uma melancia no pescoço no afã de aparecer. Em seguida despeja um monte de abobrinhas na audiência, distribui bananas e descasca o abacaxi em cima dos opositores. Pega alguns irmãos e os utiliza como “laranjas”, citando suas vidas a título de ilustração. E chora as pitangas ao expor ao povo os pepinos que tem enfrentado. Resumo da ópera: tem tanto conteúdo quanto um pastel de vento.

Sermão “míssil teleguiado”: direcionado. Com endereço pré-estipulado. Também conhecido como Espírito Santo de ouvido. Explico: o pregador fica sabendo por intermédio de terceiros que um membro, um casal, ou uma família daquela congregação está passando por determinado problema. A partir daí, direciona a palavra, como se a tivesse recebido por revelação do Espírito Santo. Com pretensa autoridade, aproveita para sentar a pua!

Sermão “contos da carochinha”: durante essa ministração você ouve de tudo: historinhas, testemunhos, ilustrações mil, anedotas. Citações bíblicas e Palavra de Deus, que é bom, nada!



Soli Deo Gloria

Alessandro Cristian



(1) Em João 15.5, Jesus nos diz: “Eu sou a videira, vós, as varas; quem está em mim, e eu nele, este dá muito fruto, porque sem mim nada podereis fazer” (g.m.).

Postado por Alessandro Cristian às 22:56 6 comentários

"Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida." (João 5:24)


"Eu não me importo muito com o que os outros pensam sobre o que eu faço, mas eu me importo muito com o que eu penso sobre o que eu faço. Isso é caráter." (Theodore Roosevelt)


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Jaguarão, Rio Grande do Sul

sábado, 16 de janeiro de 2010

Cuidado para não idolatar pessoas...
Um dos versículos mais famosos dentre os sermões que Jesus pregou talvez seja “Não julgueis, para que não sejais julgados” (Mateus 7:1). E a aplicação mais usada no meio evangélico para esse versículo é uma certa imunidade em relação às atitudes. Por exemplo, há anos o meio evangélico brasileiro tem usado óleos “ungidos”, rosas, lenços, punhados de sal, sabonetes e toda espécie de bugiganga “espiritual” para atrair as bênçãos de Deus.
Só para vermos a bobagem que é isso, a palavra rosa aparece apenas duas vezes em toda a Bíblia. A primeira citação é em Cantares 2:1, onde a esposa diz ser a rosa de Sarom para seu esposo. Essa é uma clara comparação da Igreja, que deve ser linda e perfumada para Jesus, seu noivo. A segunda citação é em Isaías 35:1 e mostra que a ação do Espírito de Deus vai restaurar as forças dos que confiam em Deus. Ora, nesse sentido a boa interpretação dos textos mostra que a ação de Deus é para preparar a Sua noiva para o grande encontro das bodas do Cordeiro. Nada a ver com mandingas para atrair bênçãos temporais de Deus de cura, de libertação e de prosperidade.
Quando os praticantes dessas atitudes são confrontados, utilizam o texto de Mateus contra o julgamento entre as pessoas e associam, a este versículo, outro ainda mais enfático: “...Não toqueis nos meus ungidos, nem maltrateis os meus profetas.” (Salmo 105:15). Diante dessa afirmação (e fora de contexto), quando o pastor fala em voz mais alta, com a testa franzida, gesticulando com os braços e gritando glória a Deus, é natural que as pessoas tenham medo do dito cujo, ou pelos, receio de questionar se o tal pastor está realmente certo. Ainda mais se esse pregador tiver um canal de televisão, ou vários programas televisivos, escreve livros, grava CDs, participa de inúmeros congressos e tem milhares de seguidores, ele só pode estar certo!
Hoje enfrentamos uma deificação dos líderes evangélicos no Brasil. Os pastores e os ministros de louvor são entronizados cegamente pelas pessoas sem que haja nenhum tipo de avaliação do que é pregado e do que é feito. A prática, diga-se, salutar e bíblica, de avaliar o conteúdo não é mais ensinada nas igrejas e, pelo que percebo, tem sido negada. Pastores internacionais (e os tupiniquins também!) quando profetizam suas curas e milagres jamais podem ser questionados em suas atitudes. Quando os milagres por eles reivindicados não acontecem, refletem a falta de fé da pessoa. Como um homem desses vai se explicar para uma mãe que não teve o milagre da cura de seu filho e ele acabou morrendo? Como um homem desses, que mandou essa mãe para de dar os remédios, vai se explicar diante das autoridades?
Infelizmente os grandes líderes evangélicos brasileiros estão envoltos por uma aura de santidade e de correção que, se alguém ousa questioná-los, logo vai ser acusado de rebelde, de atacar um ungido de Deus e de estar fazendo um julgamento. Tente pedir uma explicação para uma pessoa que segue esses líderes da razão de se usar uma “rosa consagrada” para alcançar a bênção de Deus. Eu já fiz. E a resposta que eu recebi foi “mas foi o fulano de tal que mandou e ele é de Deus”. Ouse questionar os reais motivos de um líder evangélico estar preso e até sua conversão vai ser posta em xeque. Ouse questionar por que uma pessoa engatinha diante de Deus numa apresentação e você terá questionado os seus sentimentos em louvar a Deus. Ouse questionar se algum ensinamento é realmente bíblico. Verifique se a doutrina ensinada nos diversos programas de televisão é realmente bíblica. No primeiro versículo de Mateus 7, Jesus nos proíbe de fazermos julgamentos e sentenciarmos as pessoas. Mas no final desse capítulo Ele nos adverte para avaliarmos onde estamos construindo nossa casa, ou na rocha ou na areia. Em 1 João 4:1 somos advertidos que nem todos os espíritos procedem de Deus. Em 1 Tessalonicenses 5:21 somos instados a verificar tudo e reter apenas o que é bom. Em Efésios 4:14 somos advertidos a não sermos conduzidos pelas astúcias dos homens.
Quem foi que disse que os pastores não erram?
Quem foi que disse que tudo que o líder de louvor faz é correto?
Quem foi que disse que toda revelação vem da parte de Deus?
Quem foi que disse que a esposa do pastor deve ser a pastora da igreja local? Quem foi que disse que as músicas que louvam a Deus são todas parecidas, na métrica e nas letras?
Quem foi que disse que estamos em avivamento no Brasil?
Quem foi que disse que o louvor das igrejas deve ser igual aos grupos que mais vendem no Brasil? Ou na Austrália?
Quem foi que disse que as pregações devem ser parecidas com a dos pastores da televisão?
Quem foi que disse que eu devo contribuir para os programas de rádio e de televisão não acabarem?
Quem foi que disse que Deus está interessado na minha prosperidade financeira?

Quem foi que disse que o Brasil é do Senhor Jesus?
Quem foi que disse que o Paquistão não é do Senhor Jesus?
Será mesmo que foi Deus quem revelou tudo isso?




Fonte: Marcos David Muhlpointner, articulista dos sites Provoice e Bíblia World Net.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

O Espirito de Jezabel

O espírito de Jezabel é uma forma de espírito religioso. Assim como Jezabel foi a esposa ambiciosa e manipuladora de Acabe – um líder fraco que permitiu que ela ditasse as regras em seu reino – o espírito de Jezabel é manipulador e geralmente ganha seu domínio fazendo alianças políticas, freqüentemente parecendo ser submisso e de boa conduta. Contudo, uma vez que esse espírito ganha autoridade, geralmente manifesta um grande espírito de controle e de presunção sem cerimônia. Esse problema espiritual não se limita ás mulheres.
Jezabel “...a sim mesma se declara profetisa...” (Apocalipse 2:20) Isso é freqüentemente o sinal de advertência de um falso profeta que opera segundo um espírito religioso – ele geralmente está preocupado com seu próprio reconhecimento. Nosso ministério é corrompido no nível em que somos egoístas e no nível em que a necessidade de sermos reconhecidos habita em nós. Alguém que facilmente se ofende porque não é reconhecido por um título ou chamamento de certa posição nunca deveria ser aceito para aquele título ou posição! A diferença entre o que é motivado por um desejo de aceitação e reconhecimento, ao invés de amor pelo Senhor e união a Seus propósitos é a diferença entre o verdadeiro e o falso profeta. O próprio Senhor declarou:
“Quem fala por si mesmo está procurando a própria glória; mas o que procura a glória de quem o enviou, esse é verdadeiro, e nele não há injustiça.” ( João 7:18)
Jezabel buscava reconhecimento para si mesma, servindo de inimiga ao ministério do verdadeiro profeta. Jezabel foi uma das maiores inimigas de um dos profetas mais poderosos do Antigo Testamento – Elias – cujo ministério especialmente representa a preparação do caminho do Senhor. O Espírito de Jezabel é uma das formas mais potentes de espíritos religiosos, que busca prevenir que a Igreja e o mundo se preparem para a volta do Senhor. Esse espírito ataca especialmente o ministério profético porque esse ministério tem um lugar importante em prepara o caminho do Senhor. É por isso que João Batista foi perseguido por uma personificação de Jezabel na pessoa da mulher de Herodes. O ministério profético é o veículo principal através do qual o Senhor dá direções oportunas e estratégicas para seu povo, Jezabel sabe que se os profetas verdadeiros forem removidos isso deixará vulnerável aos seus falsos profetas, que sempre levam à idolatria a ao adultério espiritual.
Quando existe uma lacuna em se tratando de ouvir a voz do Senhor, o povo fica muito mais inclinado aos enganos do inimigo. É por isso que Jesus chamou os líderes religiosos de seus dias de “guias cegos”. Esses homens, que sabiam das profecias messiânicas mais do que quaisquer outros no mundo, conseguiam olhar bem no rosto Daquele que era o cumprimento dessas profecias e pensar que Ele tinha sido enviado por Belzebu.
Os profetas de Jezabel que serviam a Baal também se davam em sacrifícios, a ponto de se cortarem e flagelarem a si próprios em busca da manifestação de seu deus. Uma das estratégias principais do espírito religioso é fazer com que a Igreja seja devota de sacrifícios que pervertem o comando de tomarmos nossa cruz diariamente. Essa perversão nos faz colocar mais fé nos nossos sacrifícios do que no sacrifício do Senhor. Ele também usará sacrifícios e ofertas para pressionar a Deus e tentar fazer com que Ele se manifeste. Essa é uma forma da terrível ilusão de que podemos de alguma forma comprar a graça e a presença de Deus com nossas boas obras.

Fonte:euteseguirei.blogspot.com

domingo, 10 de janeiro de 2010

“Não toqueis no ungido do Senhor”: desmascarando essa falsa doutrina
10/01/2010 por Estrangeira


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“E chegou a uns currais de ovelhas no caminho, onde estava uma caverna; e entrou nela Saul, a cobrir seus pés; e Davi e os seus homens estavam nos fundos da caverna. Então os homens de Davi lhe disseram: Eis aqui o dia, do qual o SENHOR te diz: Eis que te dou o teu inimigo nas tuas mãos, e far-lhe-ás como te parecer bem aos teus olhos. E levantou-se Davi, e mansamente cortou a orla do manto de Saul. Sucedeu, porém, que depois o coração doeu a Davi, por ter cortado a orla do manto de Saul. E disse aos seus homens: O SENHOR me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, ao ungido do SENHOR, estendendo eu a minha mão contra ele; pois é o ungido do SENHOR. E com estas palavras Davi conteve os seus homens, e não lhes permitiu que se levantassem contra Saul; e Saul se levantou da caverna, e prosseguiu o seu caminho. Depois também Davi se levantou, e saiu da caverna, e gritou por detrás de Saul, dizendo: Rei, meu senhor! E, olhando Saul para trás, Davi se inclinou com o rosto em terra, e se prostrou. E disse Davi a Saul: Por que dás tu ouvidos às palavras dos homens que dizem: Eis que Davi procura o teu mal? Eis que este dia os teus olhos viram, que o SENHOR hoje te pôs em minhas mãos nesta caverna, e alguns disseram que te matasse; porém a minha mão te poupou; porque disse: Não estenderei a minha mão contra o meu senhor, pois é o ungido do SENHOR. Olha, pois, meu pai, vê aqui a orla do teu manto na minha mão; porque cortando-te eu a orla do manto, não te matei. Sabe, pois, e vê que não há na minha mão nem mal nem rebeldia alguma, e não pequei contra ti; porém tu andas à caça da minha vida, para ma tirares. Julgue o SENHOR entre mim e ti, e vingue-me o SENHOR de ti; porém a minha mão não será contra ti.” – 1 Samuel 24.3-12

“Não toqueis no ungido do Senhor”. Essa é a resposta de nove entre dez crentes que crêem em tudo o que lhe pregam sem serem bereianos, quando confrontados com críticas ou acusações contra pastores, apóstolos (?) e demais líderes eclesiásticos. Não importa se as provas do crime são claras, para esses crentes não nos cabe julgar nem analisar o que a liderança da igreja faz de errado: cabe aos crentes, segundo essa falsa doutrina, agir como Davi em relação à Saul: simplesmente não fazer nada, e esperar que Deus resolva o negócio e faça a justiça. E enquanto nada se faz, esses líderes criminosos continuam roubando, matando e destruindo o rebanho de crentes em suas mãos, e trazendo escândalo para o Evangelho, afastando de vez os não-crentes do afã de conhecerem a Verdade de Cristo.

Mas enfim, Davi realmente disse em várias passagens de 1 Samuel que não se deve tocar no ungido do Senhor. E aí?

Em primeiro lugar, temos que deixar bem claro sobre qual ungido Davi se referia. Ele se referia a Saul, atual rei de Israel, porém já destronado por Deus, que havia ungido Davi em seu lugar. Portanto, a primeira coisa que temos que ter em mente é que não se tratava de qualquer ungido, mas de Saul.

Em segundo lugar, temos que entender essa unção que Saul recebeu. Em 1 Samuel 8, lemos que o povo queria um rei no lugar dos antigos juízes que governavam Israel. Deus não tinha esse desejo, pois o querer um rei era um desejo do povo de que Deus já não reinasse mais sobre eles. Porém Deus resolveu satisfazer Israel, e escolheu Saul como rei.

Em 1 Samuel 10, lemos o profeta Samuel indo ungir Saul como rei:

“Então tomou Samuel um vaso de azeite, e lho derramou sobre a cabeça, e beijou-o, e disse: Porventura não te ungiu o SENHOR por capitão sobre a sua herança? Apartando-te hoje de mim, acharás dois homens junto ao sepulcro de Raquel, no termo de Benjamim, em Zelza, os quais te dirão: Acharam-se as jumentas que foste buscar, e eis que já o teu pai deixou o negócio das jumentas, e anda aflito por causa de vós, dizendo: Que farei eu por meu filho? E quando dali passares mais adiante, e chegares ao carvalho de Tabor, ali te encontrarão três homens, que vão subindo a Deus a Betel; um levando três cabritos, o outro três bolos de pão e o outro um odre de vinho. E te perguntarão como estás, e te darão dois pães, que tomarás das suas mãos. Então chegarás ao outeiro de Deus, onde está a guarnição dos filisteus; e há de ser que, entrando ali na cidade, encontrarás um grupo de profetas que descem do alto, e trazem diante de si saltérios, e tambores, e flautas, e harpas; e eles estarão profetizando. E o Espírito do SENHOR se apoderará de ti, e profetizarás com eles, e tornar-te-ás um outro homem. E há de ser que, quando estes sinais te vierem, faze o que achar a tua mão, porque Deus é contigo. Tu, porém, descerás antes de mim a Gilgal, e eis que eu descerei a ti, para sacrificar holocaustos, e para oferecer ofertas pacíficas; ali sete dias esperarás, até que eu venha a ti, e te declare o que hás de fazer. Sucedeu, pois, que, virando ele as costas para partir de Samuel, Deus lhe mudou o coração em outro; e todos aqueles sinais aconteceram naquele mesmo dia.” – 1 Samuel 10.1-9

E Saul ficou cheio do Espírito Santo, e em 1 Samuel 11.15 finalmente Saul é proclamado rei. Porém a unção que Saul recebeu era apenas para reinar, não para ser sacerdote ou líder espiritual do povo. Essa função era para algumas pessoas específicas, como o profeta Samuel. Não cabia a Saul as funções sacerdotais, sendo esse um dos pecados que o fez perder o reinado em Israel:

“E os filisteus se ajuntaram para pelejar contra Israel, trinta mil carros, e seis mil cavaleiros, e povo em multidão como a areia que está à beira do mar; e subiram, e se acamparam em Micmás, ao oriente de Bete-Aven. Vendo, pois, os homens de Israel que estavam em apuros (porque o povo estava angustiado), o povo se escondeu pelas cavernas, e pelos espinhais, e pelos penhascos, e pelas fortificações, e pelas covas. E alguns dos hebreus passaram o Jordão para a terra de Gade e Gileade; e, estando Saul ainda em Gilgal, todo o povo ia atrás dele tremendo. E esperou Saul sete dias, até ao tempo que Samuel determinara; não vindo, porém, Samuel a Gilgal, o povo se dispersava dele. Então disse Saul: Trazei-me aqui um holocausto, e ofertas pacíficas. E ofereceu o holocausto. E sucedeu que, acabando ele de oferecer o holocausto, eis que Samuel chegou; e Saul lhe saiu ao encontro, para o saudar. Então disse Samuel: Que fizeste? Disse Saul: Porquanto via que o povo se espalhava de mim, e tu não vinhas nos dias aprazados, e os filisteus já se tinham ajuntado em Micmás, eu disse: Agora descerão os filisteus sobre mim a Gilgal, e ainda à face do SENHOR não orei; e constrangi-me, e ofereci holocausto. Então disse Samuel a Saul: Procedeste nesciamente, e não guardaste o mandamento que o SENHOR teu Deus te ordenou; porque agora o SENHOR teria confirmado o teu reino sobre Israel para sempre; porém agora não subsistirá o teu reino; já tem buscado o SENHOR para si um homem segundo o seu coração, e já lhe tem ordenado o SENHOR, que seja capitão sobre o seu povo, porquanto não guardaste o que o SENHOR te ordenou.” - 1 Samuel 13.5-14

O outro pecado de Saul ocorreu em 1 Samuel 15, quando desobedeceu à ordem do Senhor ao não destruir o melhor do rebanho dos amalequitas, com a desculpa de que usaria o rebanho como sacrifício, onde Samuel disse que é melhor obedecer do que sacrificar.

Assim, em 1 Samel 16 lemos o Espírito do Senhor deixando Saul e passando a habitar Davi, o novo rei ungido:

“Disse mais Samuel a Jessé: Acabaram-se os moços? E disse: Ainda falta o menor, que está apascentando as ovelhas. Disse, pois, Samuel a Jessé: Manda chamá-lo, porquanto não nos assentaremos até que ele venha aqui. Então mandou chamá-lo e fê-lo entrar (e era ruivo e formoso de semblante e de boa presença); e disse o SENHOR: Levanta-te, e unge-o, porque é este mesmo. Então Samuel tomou o chifre do azeite, e ungiu-o no meio de seus irmãos; e desde aquele dia em diante o Espírito do SENHOR se apoderou de Davi; então Samuel se levantou, e voltou a Ramá. E o Espírito do SENHOR se retirou de Saul, e atormentava-o um espírito mau da parte do SENHOR.” - 1 Samuel 16.11-14.

Ou seja, Saul deixou de ter o Espírito Santo, mas continuou sendo rei de Israel por vários anos. Nesses anos, o Espírito Santo estava com o novo ungido, Davi, que porém ainda não havia sido reconhecido rei pelo povo. Dessa forma, Davi servia ao rei Saul e foi perseguido por seus exércitos, e aí chegamos à passagem que abriu esse artigo, quando Davi teve real chance de aniquilar Saul, mas não o fez por considerá-lo ungido do Senhor.

Realmente, o que impediu Davi de se levantar contra Saul não foi o poder do Espírito Santo no antigo rei, pois este já o tinha deixado e Saul não passava de um endemoniado. Porém, mesmo endemoniado, Saul continuava sendo rei, e em razão desse título que Davi o poupou. Uma vez ungido rei, sempre rei. Deus tirou Saul do reinado, porém isso só se concretizou com sua morte, não havendo rebelião para que isso acontecesse e Davi tomasse o poder em seu lugar. A unção de rei permaneceu com Saul por toda a sua vida, mas o Espírito de Deus não.

Entendido tudo isso, vamos agora analisar a doutrina do “não toqueis no ungido” nos dias de hoje. Por que ela não é válida?

Como visto, a unção a qual Davi se referia dizia respeito ao direito de reinar sobre Israel, não sobre possuir funções eclesiásticas. As funções de governo do Estado e eclesiásticas eram bem divididas naquele tempo, embora Israel fosse um Estado teocrático. Portanto, a não ser que algum líder de igreja seja também rei nomeado por Deus (olha eu dando idéia para novos títulos, que Deus me perdoe) em sua localidade, nenhum líder religioso atual se enquadra nesse quesito.

Sobre como devemos agir em relação ao líderes religiosos e qualquer cristão, a Bíblia é bastante clara:

“E logo os irmãos enviaram de noite Paulo e Silas a Beréia; e eles, chegando lá, foram à sinagoga dos judeus. Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim.” - Atos 17.10-11

“Já por carta vos tenho escrito, que não vos associeis com os que se prostituem; Isto não quer dizer absolutamente com os devassos deste mundo, ou com os avarentos, ou com os roubadores, ou com os idólatras; porque então vos seria necessário sair do mundo. Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais. Porque, que tenho eu em julgar também os que estão de fora? Não julgais vós os que estão dentro? Mas Deus julga os que estão de fora. Tirai, pois, dentre vós a esse iníquo.” - 1 Coríntios 5.9-13

Chega desse engano do “não toqueis no ungido do Senhor”, engano esse que tem transformado a igreja em covil de salteadores. O rebanho tem que aprender a buscar na Palavra se o que seus líderes pregam é verdade ou não, tem que aprender a raciocionar, a analisar, a meditar dia e noite na Palavra, mas é isso mesmo que os lobos em pele de cordeiro não querem que aconteça, e por isso acorrentam suas ovelhas em falsas doutrinas que visam cegar e conformar o rebanho à sua própria vontade, não à de Deus. Deus nos enviou Cristo para que fôssemos libertos, mas onde há liberdade se nem ao menos podemos criticar um líder eclesiástico por seus falsos ensinos ou sua má conduta, com a desculpa que de o fulano é “ungido”? O Apóstolo (de verdade) Paulo era bem ungido, disso não há dúvidas, mas nem por isso ficou chateado ao ser confrontado pelo povo de Beréia em seus ensinamentos. Por que os apóstolos (?) e líderes dos dias de hoje ficam melindrados, e até amedrontam suas ovelhas com a promessa de inferno para o “pecado de rebeldia” que seria se levantar contra um “ungido” do Senhor? E por que as ovelhas, que também têm unção (já que recebem o Espírito Santo desde sua conversão), ao contrário dos líderes religiosos, podem e são fortemente exortadas (se seu dízimo for baixo, claro) quando encontradas em erro?

Isso é estelionato gospel, e dos bons. Graças à essa mentira (a própósito, quem é o pai da mentira mesmo?) vemos igrejas destruídas por pertencerem (a palavra é essa mesma) a líderes criminosos, que adulteram as Escrituras a seu bel-prazer e agem como se a justiça de Deus e dos homens não valesse para eles. Enquanto isso, às ovelhas cabe apenas se conformar, “Deus quer assim”, “quem faz a justiça é Ele”, “só nos cabe orar”.

Povo de Deus, vamos abrir os olhos!!! Temos que orar, a justiça é de Deus, mas Ele usa homens e mulheres para que Sua justiça seja feita nessa terra!!! Se Lutero pensasse assim, ainda hoje estaríamos comprando indulgências (se bem que essa prática perniciosa continua ocorrendo nos dias de hoje, na forma de lenços suados, rosa ungida, sabonete ungido, etc)!!! Como povo de Deus, temos que ser carvalhos de justiça principalmente em nosso meio, tirando os lobos que querem devorar nossas ovelhas!!! Se não o fizermos, não sobrará ovelha nenhuma no final da história, pois todas serão enganadas…

O “não toqueis no ungido do Senhor” é uma desculpa muito da mal feita para líderes que têm algo a esconder. Quando um líder pregar isso para você, fique ainda mais atento, pois quem está na luz não tem medo de ser julgado, afinal nada se encontrará que o desabone; ao contrário, quem está em trevas não quer que o candeeiro seja colocado em cima da mesa e ilumine o ambiente, pois isso trará à luz toda a podridão escondida em nome de Deus.

Publicado em Ser estrangeira |

sábado, 9 de janeiro de 2010

Reflexão

Procuram-se: Velhos soldados para defenderem velhas verdades
C.H. Spurgeon

A igreja necessita grandemente de cristãos maduros, e especialmente quando há muitos novos convertidos sendo acrescentados a ela. Novos convertidos fornecem ímpeto à igreja, mas a sua espinha dorsal e a sua substância devem, sob Deus, repousar sobre os membros mais maduros.


Nós queremos os cristãos maduros no exército de Cristo fazendo o papel de veteranos, inspirando os demais com frieza, coragem e firmeza; porque se o exército inteiro for composto de recrutas inexperientes a tendência será que eles hesitem quando o assalto for mais feroz que o habitual.


A velha guarda, os homens que respiraram fumaça e comeram fogo anteriormente, não tremem quando a batalha se enfurece como uma tempestade. Eles podem até morrer, mas jamais se rendem. Quando eles ouvem o grito de "Avante," eles podem não avançar tão agilmente à frente como os soldados mais jovens, mas eles arrastam a artilharia pesada, e o seu avanço uma vez conquistado, é seguro. Eles não vacilam quando os tiros voam intensamente, porque eles se lembram de antigas batalhas em que Jeová cobriu suas cabeças. A igreja precisa, nestes dias de fragilidade e falta de compromisso, de crentes mais decididos, profundos, bem-instruídos e confirmados.


Nós somos assaltados por todo tipo de doutrinas novas. A velha fé é atacada por assim-chamados “reformadores” que adorariam reformá-la completamente. Eu espero ouvir notícias de alguma doutrina nova uma vez por semana. Tão freqüentemente como a lua muda, um ou outro profeta é movido a propor alguma nova teoria, e acreditem, ele lutará mais bravamente por sua novidade do que jamais fez pelo Evangelho. O descobridor se acha um Lutero moderno, e da sua doutrina ele pensa como Davi pensou da espada de Golias: "Não há outra semelhante."


Como Martinho Lutero disse de alguns nos seus dias, estes inventores de novas doutrinas encaram suas descobertas como uma vaca diante de um portão novo, como se não houvesse nada mais no mundo para se encarar. Eles esperam que todos nós fiquemos loucos por seus modismos e marchemos de acordo com o seu apito. Ao que nós damos ouvidos? Não, nem por uma hora.


Eles podem reunir uma tropa de recrutas inexperientes e conduzirem-nos para onde quiserem, mas para crentes confirmados eles soam suas cornetas em vão. Crianças correm atrás de qualquer brinquedo novo; em qualquer pequena apresentação de rua os garotos ficam todos excitados, boquiabertos; mas os seus pais têm trabalho por fazer, e suas mães têm outros assuntos em casa; aquele tambor e aquele apito não vão atraí-los.


Pela solidez da igreja, pela firmeza da fé, por sua defesa contra os recursivos ataques de hereges e infiéis, e pelo avanço permanente dela e a conquista de novas províncias para Cristo, nós não queremos apenas seu sangue jovem, quente, o qual esperamos que Deus sempre nos envie pois é de imensa utilidade e não poderíamos ficar sem. Mas nós também precisamos dos corações frios, firmes, bem-disciplinados e profundamente experimentados de homens que conhecem por experiência a verdade de Deus, e atém-se firmemente ao que aprenderam na escola de Cristo.


Que o Senhor nosso Deus nos envie muitos desses. Eles são extremamente necessários.

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* N.T.: Referência a 1 Sm 21:9
Fonte: Trecho extraído do sermão Fruto Maduro pregado em 14 de Agosto de 1870.
Pastores de almas, uma espécie em extinção!


Há pouco tempo ouvi uma história a qual compartilho com vocês. Uma irmã (a qual, por questões obvias, não vou revelar o nome e igreja), passou pela seguinte experiência:

Em um final de culto, movida por um grave problema pessoal, ela procurou o seu pastor, no desejo de abrir o coração, pedindo-lhe que a ajudasse em aconselhamento pastoral. O pastor, sem poder ouvi-la naquele momento, até porque muita gente desejava lhe falar e, principalmente, cumprimentá-lo em virtude do "maravilhoso sermão "que havia pregado, solicitou à irmã que procurasse a secretaria da igreja e agendasse um encontro.


No dia seguinte a irmã procurou a secretaria, tentando agendar o encontro pastoral; no entanto, para sua surpresa, a secretária informou que o tal pastor não teria agenda livre para os próximos cinco meses, o que impossibilitaria o seu atendimento. A moça se desesperou, implorou, pediu pelo amor de Deus, mais nada pôde ser feito. A secretária explicou que o pastor tinha já agendado muitos encontros, jantares, viagens e conferências, as quais tinham que ser priorizadas, e que o máximo que ela poderia fazer seria encaixá-la num atendimento, quatro meses depois.


A moça saiu da igreja, naquela manhã de segunda-feira, pior do que entrara; na verdade, agora ela se sentia deprimida, desvalorizada e sem perspectiva alguma de ser ajudada em seu problema. O pastor, o qual ela pensava que poderia ajudá-la, infelizmente não poderia fazê-lo.


Seis meses se passaram e a moça desiludida, bem como desesperançosa, não fora mais à igreja. Para sua tristeza, ninguém, absolutamente ninguém, a procurara, querendo saber o motivo de sua ausência. Até que um dia, o pastor da igreja da qual fazia parte, encontrou-a na instituição bancária onde ela trabalhava. Ao vê-la, o pastor não esboçou nenhum comentário quanto à sua ausência; na verdade, a única coisa que falou, é que estava correndo em virtude da grande e complexa agenda.


Não sei o que você pensa e sente ao ler essa pequena história. Entretanto, quando soube do fato, fui tomado por uma grande perplexidade que me fez questionar sobre o papel pastoral nos dias de hoje. Aonde estão os pastores do povo de Deus? Aonde estão aqueles que por amor ao Rei, largam as 99 ovelhas e vão em busca de uma que se perdeu e sofre? Sem sombra de dúvidas, vivemos uma enorme crise de pessoalidade e afetividade na relação pastor-ovelha, isso porque, alguns dos ditos pastores se tornaram mega-stars da fé, imponentes pregadores, "Apóstolos desbravadores", além de "poderosos profetas". Junta-se a isso, o fato de que as mensagens pregadas nos púlpitos têm tido por fundamento o marketismo religioso, cujo conteúdo é humanista e secularizado. Infelizmente, sou obrigado a concordar que tais pastores têm se preocupado mais com a porta de entrada, do que com a porta de saída dos seus apriscos; mais com números do que com gente. Na verdade, ouso afirmar de que vivemos numa era onde as pessoas foram definitivamente coisificadas, onde seres humanos, criados a imagem e semelhança de Deus transformaram-se em gráficos e estatísticas.


Diante desta nebulosa perspectiva, sou tomado pela imprenssão de que essa geração necessita urgentemente de pastores de almas, de gente abnegada, que se preocupe com a dor do próximo e tenha prazer em cuidar da ovelha ferida. Para tanto, torna-se indispensável remodelar e reformar os conceitos pastorais desta geração, impregnando nos novos ministros, amor, compromisso e fidelidade para com Deus e seu Reino. Além disso, julgo também que seja imprescindível de que os pastores desse tempo, sejam plenamente comprometidos com a Santa Palavra de Deus, preocupando-se com o que ela diz, tomando-a como regra, bem como modelo de fé e comportamento para o seu ministério pessoal.


Vale a pena lembrarmos daquilo que o reformador francês João Calvino costumava dizer quanto a Palavra de Deus. (1) “A Escritura é a fonte de toda a sabedoria, e os pastores devem extrair dela tudo aquilo que expõem diante do rebanho” (2) Calvino afirmava que através da exposição da Palavra de Deus, as pessoas são conduzidas a liberdade e a segurança da fé salvadora, dizia também que a verdadeira pregação, tem por objetivo abrir a porta do reino ao ouvinte, isto é, em outras palavras o que ele está a nos dizer, é que as Escrituras Sagradas, devem ser o principal instrumento na condução, consolidação e pastoreamento do povo de Deus.


No exercício de seu pastorado, Calvino dizia que a pregação pública deveria ser acompanhada por visitas pastorais. (3) Junta-se a isso o fato, de que ele sempre procurou encorajar pessoas sobrecarregadas, as quais não conseguiam encontrar consolo mediante sua própria aproximação de Deus, a procurarem seu pastor para aconselhamento particular e pessoal.


Conforme registro de um dos seus colegas pastores em Genebra, “(...) os que lhe procuravam eram recebidos com simpatia, gentileza e sensibilidade. Ele os atendia e prontamente lhes respondia as perguntas, mesmo as mais sérias delas. Sua sabedoria era demonstrada nas entrevistas particulares tanto quanto nas conversas públicas onde ele confortava os entristecidos e encorajava os abatidos...”. [4].


Calvino também acreditava que o ensino, além de ser público nos cultos, deveria ser acompanhado por orientação pessoal e aplicado às circunstâncias específicas da vida de suas ovelhas. Atendia noivos que estavam se preparando para o casamento, pais que traziam seus problemas relacionados aos seus filhos, pessoas com dúvidas ou dificuldades doutrinárias, lutas com enfermidades, ouvia confissões de pecados, e a todos ele os recebia e levava o conforto e o encorajamento necessários. [5]


Amados irmãos, ainda que os nossos dias, sejam diferentes dos dias dos reformadores, carregamos em nosso tempo as mesmas demandas pastorais. Nossas igrejas estão cheias de individuos em crise, de familias desestruturadas, além de pessoas que foram violentamente marcadas por satanás e o pecado. Ouso afirmar que neste tempo pós moderno, onde o relativismo tem mostrado as suas garras, necessitamos urgentemente de pastores preparados e capacitados, que amem a Deus acima de todas as coisas, e que se disponham a pastorear abnegadamente o rebanho de Cristo.


Que Deus tenha misericórdia de seu povo e levante pastores segundo o seu coração.
Louvado seja o nosso Deus pela vida dos pastores( no real sentido da Palavra) Pr. Alceir Ferreira (miss. na Africa) Pr Daniel Pereira, Pr Israel Souza, Pr Adir cardoso, Pr Luiz Roberto Machado, Pr.Eude Sizino do Prado, Pr.Sérgio souza... ainda existem homens de Deus...

da série "Heresias no meio da Igreja"

Fornicação espiritual

É quando você flerta e se relaciona intimamente com uma heresia. Se a unção do riso, a unção do leão, a unção do Cerullo, a unção do celuar, o culto dos 318, soam bem aos seus ouvidos, existe algo de errado com você. Está fornicando com essas coisas. Está intimamente ligado a valores que não agradam a Deus.


Gostar dessas coisas é rejeitar o sacrifício de Cristo e assinar embaixo do discurso que diz que a experiência suplanta a Palavra. O neopentecostalismo promove isso com mestria. Fornicação espiritual é com esses caras. Eles sabem agenciar essa prostituta chamada heresia, atraindo clientes dos mais variados tipos pra ela.

A galera vai uma vez e o poder de sedução é tamanho que se apaixona de vez por esse tipo de teologia vazia e desprovida de Deus. A logia não é nada sem o Théo. Esse negócio da cambalhota santa, mordida do anjo, querubim do dedo de ouro, isso tudo é no mínimo lorota, conversa pra enganar crente. Acreditar nessas coisas como regra de fé e prática e debochar de Deus.

Tinha mais coisa pra falar, mas acho que por hoje já deu pra passar o recado.

E no mais, tudo na mais santa paz!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Estudo Biblico: Heresias no meio da Igreja

Um Estudo Sistemático de Doutrina Bíblica
POR QUE O LAVA PÉS NÃO É UMA ORDENANÇA DA IGREJA?
Ainda que tenhamos alguns que, tendo sido criados entre certos cristãos falsificados, lava pés, são inclinados a crer que o lava pés devera ser observado como uma ordenança da igreja, ocupamos espaço para mostrar isto não é verdadeiro. Damos seis razões:

I. CRISTO NÃO O INSTITUIU COMO UMA ORDENANÇA DA IGREJA

É verdade que Cristo lavou os pés aos Seus discípulos na mesma noite em que Ele instituiu o memorial da Ceia. E é verdade que Ele mandou Seus discípulos lavarem os pés uns dos outros; mas tanto no exemplo como na ordem não há nada que indique observar se a lavagem dos pés na capacidade de igreja. É, puramente, matéria individual. Tinha que ver com o dever do hospedeiro ou hospedaria para com o hóspede.

II. AS EPÍSTOLAS DO NOVO TESTAMENTO NÃO O APRESENTAM COMO ORDENANÇA DA IGREJA

Nessas epístolas temos amplas instruções a respeito do batismo e da Ceia do Senhor, mas nenhuma palavra sobre o lava pés como uma ordenança da igreja. Isto é prova tão certa que as igrejas do Novo Testamento não praticam o lava pés na capacidade de igrejas como um silêncio correspondente é prova que elas não reconheceram um Papa, nem adoraram imagens, nem oraram a Maria, nem confessaram os seus pecados a um sacerdote, nem praticaram a extrema unção.

III. O LAVA PÉS MODERNO NÃO É UM ATO TAL COMO O QUE CRISTO EXECUTOU

Cristo realizou e mandou um ato de serviço, mas a lavagem dos pés de uns aos outros não é mais um ato de serviço. Todos aqueles que estão mesmo remotamente familiarizados com os costumes dos tempos quando Jesus andou por este mundo, sabem que o povo naquela época usava sandálias soltas comuns. Isto causava a lavagem dos pés muito freqüentes, necessária por causa tanto do conforto como da limpeza. Um dos primeiros deveres do hospedeiro ou da hospedeira, à chegada de um hospede, era pelo menos prover água para a lavagem dos pés, porque era muito desconfortável e desagradável sentar-se com a poeira e a areia apanhadas nos pés e nas sandálias ao palmilhar o hóspede a caminhada. Cristo mandou aos Seus seguidores fazerem mais que prover água: mandou-os lavarem atualmente os pés uns aos outros. Era para realizarem assim um ato de serviço humilde. Mas, por causa da mudança de calçado, o lava pés de uns para com os outros hoje (salvo nos casos de enfermidade, morte, ou alguma emergência) não é mais um ato de serviço; nada mais que uma peça de formalidade desnecessária e sem sentido. Seria tido como um insulto (e justamente assim) oferecer-se alguém hoje para lavar os pés de um hóspede, pois tal implicaria que o hospede era muito desmazelado com a higiene corporal. Insistir que o mandamento de Cristo ainda está vigente literalmente, quando não há mais necessidade do ato é perder o verdadeiro sentido do Seu mandamento. É exaltar a letra à custa do espírito. Para seguirmos o espírito do mandamento de Cristo realizemos atos reais de serviço uns pelos outros.

IV. OS CRENTES DO NOVO TESTAMENTO PRATICAM O LAVA PÉS COMO UMA MATÉRIA INDIVIDUAL NO LAR

Prova disto se acha em 1 Tim. 5:10. Este verso dá algumas das qualificações de viúvas que eram dignas de receber auxílio material da igreja. Cada uma dessas viúvas deve "ter lavado os pés dos santos". Agora, se a igreja em Éfeso (a que Timóteo estava ministrando ao tempo em que recebeu esta carta) tinha estado praticando o lava pés na capacidade de igreja, cada membro da igreja podia ter cumprido esta qualificação e sua menção entre as qualificações de viúvas que estavam merecendo seria, portanto, desnecessária e sem sentido. A menção do lava pés nesta conexão mostra conclusivamente como os crentes do Novo Testamento consideravam o mandamento de Cristo. Eles o consideraram como matéria individual pertencente especialmente ao lar. Estava em nível com a criação de crianças, alojamento de estrangeiros, alívio dos aflitos, etc.

V. O LAVA PÉS MODERNO NÃO MOSTRA HUMILDADE

Não obstante tudo que temos dito, alguém pode dizer: "Sim, mas quando lavamos os pés uns dos outros, mostramos nossa humildade". Isso traz à mente uma história pertinente. Um homem veio ao seu pastor e disse: "Pastor, creio que sois um bom homem e pregais alguns excelentes sermões; mas parece que faltais na humildade." O pastor lhe disse: "Talvez esteja eu faltando em humildade. De fato, muitas vezes sinto que o estou; mas suponho que sois homem humilde." O homem replicou: "por certo que sou e douo-me por mostrá-lo também." Qual dos dois era mais humilde, o pastor que reconheceu sua falta ou o outro que se orgulhava e buscava exibir? Moral: A suposta humildade vãmente exibida é uma espécie de orgulho.

VI. O LAVA PÉS MODERNO NÃO SIMBOLIZA NENHUMA VERDADE ESPIRITUAL

Portanto, o lava pés é totalmente diverso do batismo e da Ceia do Senhor e não merece lugar como uma ordenança da igreja.

Houve um belo significado apegado ao lava pés dos discípulos por Jesus. Ele assinalou a manutenção de nossa comunhão com Cristo a despeito da contaminação recorrente do pecado, ou a restauração dessa comunhão quando ela (nossa comunhão com Cristo; não nossa atitude legal nEle) tenha sido quebrada por deslize espiritual temporário, cuja restauração Cristo realiza por trazer-nos ao arrependimento e confissão através da obra do Espírito Santo. João 13:8-10 transmite incisivamente este belo e gracioso significado. Nestes versos há duas palavras gregas usadas para transmitirem a idéia de purificação "nipto" e "louo". A última faz referência ao banho do corpo inteiro, ao passo que a primeira se refere à lavagem de partes do corpo, tais como as mãos e pés. Quando Jesus disse a Pedro (v. 8): "Se eu te não lavar, não tens parte comigo", Ele empregou "nipto". E quando Ele disse (v.10): "O que esta LAVADO não precisa senão de LAVAR seus pés", Ele empregou ambas as palavras "louo" no primeiro caso e "nipto" no segundo. Nestas duas citações Jesus assinala claramente o significado de Sua lavagem dos pés dos discípulos. Na primeira citação Jesus podia ter feito referência a nada mais fora da purificação espiritual, porque Ele não lavou literalmente os pés de muitos que com Ele tiveram parte então e Ele não lavou literalmente os pés a qualquer dos vivos que agora tem parte com Ele. Na segunda citação, então, Jesus discrimina a espécie de purificação a que Ele se referiu na primeira citação. Quando Pedro foi informado da importância da lavagem espiritual dos pés, ele mal entendeu o significado de Cristo e impulsivamente pediu um banho completo. Jesus então lhe disse que ele não precisava de um banho completo, mas apenas da lavagem dos seus pés. O banho completo (indicado por "louo") tipificava a "lavagem da regeneração" (Tito 3:5) na qual uma "lavagem de água pela palavra" (Efe. 5:26). Enquanto a lavagem dos pés (indicada por "nipto") tipificava a manutenção e restauração de nossa comunhão como já indicada. Vide 1 João 1:7,9. Quando Cristo disse a Pedro: "O que faço não o sabes agora, mas sabê-lo-ás depois", cremos que Ele quis dizer que a lavagem dos pés de Pedro tinha especial e particular referência à restauração depois de sua queda. Temos a recordação desta restauração em João 21:15-17. Isto foi o profundo sentido espiritual do lava pés dos discípulos por Cristo, tipificando a contínua purificação que recebemos de Cristo. Cristo disse: "Se eu te não lavar, não tens parte comigo." É Cristo que nos lava a todos e não nós que lavamos uns aos outros. Portanto, a lavagem recíproca dos pés não pode ter significado espiritual.

Ao encerrar ajuntaremos o que temos dito dizendo que não há uma razão escrituristica para praticar-se o lava pés como uma ordenança da igreja, e assim não se praticou nas igrejas do Novo Testamento. É uma trêta segundo se pratica hoje, adição ao padrão divino.



Autor: Thomas Paul Simmons, D.Th.
Digitalização: Daniela Cristina Caetano Pereira dos Santos, 2004
Revisão: Charity D. Gardner e Calvin G Gardner, 05/04
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br

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paz galera...

2010 será um ano de conquista para a Tribo, em março estaremos abrindo nossa sede e lnçando o Projeto Social Vida, na sede serão ministrados cursos para cooperar com o crescimento social, abrangendo as 3 áreas constituadas por Deus no ser humano.
Corpo- arrecadação de alimentos,calçados,roupas e remédios para as pessoas carentes, de dois em dois meses será oferecido um almoço para as famílias cadastradas, projeto apadrinhe um criança(crianças abandonadas no lar de passagem)Alma- (intelecto) - Reforço escolar, Projeto Adore (ensino musical),oficina de trabalhos manuais, impressão de trabalhos escolares entre outros, Espírito - curso Casados para sempre
curso Veredas antigas, Treinamento de lideres , Curso para novos convertidos, eventos espirituais...será um tempo de mudanças, chega de marasmo é hora de dar e não só receber...somos chamados para demonstrar o amor de Deus, um amor sem reservas q dá sem esperar o retorno, somos abrigo para os desesperados,precisamos ser bem mais que palavras, somos prov que amor de Deus não morreu!!!Seja um voluntário !!!

domingo, 3 de janeiro de 2010

Eventos 2010

olá galera...

Dia 01 de fevereiro será a 2ª vigilia sara Jaguarão a partir das 23:30 no Ferrujão, presença de cantores e bandas de Jaguarão,Rio Branco, Arroio Grande e Pelotas, não falte. Venha profetizar um novo tempo sobre esta cidade.Já estão abertas as inscrições para o retiro 2010, valor R$ 35,00 por pessoa, quatro refeições diárias, começa no sábado dia 13 de fevereiro e encerra dia 16 após o almoço. Tempo de lazer, meditação da Palvra, muito louvor e alegria, em um ambiente confortável e prazeroso. faça já sua inscrição pelo telefone 32613182 ou na rua xv de novembro 139 ap 2 c/ cláudia

O q é EMO ???

esse negocio de Emo é moda e com certeza não veio de pessoas capacitadas por Deus pois as coisas de Deus naum se misturam com o mundo e o Emo veio de fora.... eu li a biblia toda mais pelo o que eu li Deus disse para sermos iguais a ele e nunca nos conformamos com as coisas do mundo... quando uma pessoa realmente traz alguma coisa de Deus ninguem que ficar igual, mais quando vem de fora as pessoas sempre querem igual aos outros, que realmente as pessoas aceitaram o rock com certeza aceitaram os emos pois as pessoas se acostumam até com vomito de porco se conviverem com ele o tempo suficiente... então irmaos não vos deixem enganar pois o inimigo ele não vai aparecer de rabo e chifre e si nas modinhas ... pois elas são alicioadoras Pois é, o caso dos emos é bem complicado pois vivem chorando, deprimidos, são muito emotivos e acham que o afeto (beijos e abraços) a pessoas do mesmo sexo não levam ao homossexualismo. Creio que o nosso Santo Deus não concorda com tais práticas conhece a arvore por seu fruto, uma coisa é certa, não é de DEUS,existe uma mensagem , que esconde as tendencias perniciosas , destes
cabras , pois ´´e assim que denomino´´
querem servir a ,DEUS e o mundo
só por dizer que é da igreja , diz-se cristão , vai te converter , é bem melhor tomar uma decisão verdadeira com CRISTO. Deixa esta inclinação mundana de lado , e se quer aparecer se apareça por CRISTO , deixa disso vai.Virou brincadeira o mundo gospel , sem discernimento espiritual , querem servir a DEUS , do jeito deles, vai ficar dificil .só se fizerem uma biblia moldada , ao criterio dessas pessoas pervertidas e indolentes que não conhecem , e nem teme a DEUS, POIS LENDO AS SAGRADAS ESCRITURAS , EM SEUS PORMENORES , A COISA FICA ESTREITA , VIU , é melhor rever seus conceitos , não só voces do EMO , MAS TODOS VOCES DESTES MOVIMENTOS SEM VINCULO